Ela gostava de olhar para o céu, sentir a luz do Sol tocar seus cabelos e o vento frio acariciar seu rosto. Andava com fragmentos de plenitude reluzindo por toda parte. Era como um universo em expansão, exalando completude por onde passava.
Alguns dizem que, certa vez, a morte veio visitá-la. Não foi de repente, como num lápso qualquer, mas consumiu, pouco a pouco, todos os feixes de luz que delam saiam. Primeiro calou sua voz, seu olhar, seus gestos e, pouco a pouco, silenciou a liberdade que a tornava encantadora. Talvez fosse melhor, naquela ocasião, ter levado seu corpo - que mesmo em vida já está em crescente processo de putrefação - e poupado a alma. Mas não, aprisionou-a dentro de sua própria limitação, de seu medo e insegurança, vitimando-a pouco a pouco.
Os poetas insistem em chamar tal estado de amor, eu o chamo morte!
3 comentários:
Angela, que definição foi essa? Incrível! Nunca pensei que estivesse falando de amor; uma perspectiva que nunca imaginei. Num primeiro momento, parecia um texto qualquer, mas depois do fim, da última frase, fiquei lendo, relendo, re-relendo e percebia, e sentia, algo novo a cada nova leitura.
Incrível, mas digo: o amor também liberta, e dá MUITA vida, depende em que doses você o administra!
amor é a morte prazerosa, hiauhaiuah
você já reparou que o verdadeiro amor é aquele que nunca deu certo, é como a vida completa, só fica perfeita na morte.
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